Artigos
2021 |
As águas do sul do estuário da Laguna dos Patos margeiam o município de Rio Grande, tendo sido classificadas em diferentes classes de qualidade (FEPAM, 1995). A estratégia de diagnóstico para elas aqui apresentada identifica os locais nas margens onde há lançamento de efluentes. Após, os níveis qualitativos de contaminação de cada efluente e da sua água receptora são caracterizados in loco com o uso de um kit analítico. Estes locais são mapeados, definindo as áreas representativas para serem posteriormente monitoradas e quais pontos de lançamento de efluentes devem ser fiscalizados com maior frequência. Essa estratégia já foi aplicada em 2015 na enseada estuarina Saco da Mangueira (sul de Rio Grande). Foram destacados 49 locais de lançamento de efluentes com níveis qualitativos de contaminação variando de “fraco a muito forte”. Dentre estes, nos 17 locais onde os efluentes contaminaram significativamente as águas receptoras, foi analisada quantitativamente a qualidade das águas receptoras e dos efluentes. Os resultados destacaram a contaminação por fitonutrientes, essencialmente fosfato, principalmente nas margens eutrofizadas do Distrito Industrial dessa enseada. Este tipo de diagnóstico é uma ferramenta para gestores ambientais e deve ser mantido atualizado nessa enseada e repetido no estuário, na busca da qualidade das suas águas e para que os efluentes estejam em conformidade com as recomendações legais.
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2021 |
A qualidade da água subterrânea pode ser comprometida pela substituição da mata nativa por espécies exóticas, como o Pinus sp, recorrente na Ilha dos Marinheiros (cerca de 1300 hab., 39,28km²), Rio Grande (RS). Na ilha não há suprimento oficial de água potável, sendo consumida a água subterrânea. Durante anos houve o cultivo de Pinus sp. em regiões da Ilha e por ordem judicial, estes foram removidos posteriormente, deixando resíduos. O presente estudo avaliou a qualidade da água subterrânea de três áreas da ilha: Área 1: presença remanescente de uma mata de Pinus sp. em desenvolvimento; Área 2: presença de mata residual; Área 3: controle, sem atividades antrópicas. O objetivo foi avaliar a influência dos monocultivos na qualidade da água subterrânea superficial. Os resultados mostraram que a água subterrânea da ilha é levemente ácida e subsaturada em oxigênio. A mata em desenvolvimento contribui com aumentos para a água subterrânea da acidez, condutividade, cloretos e fosfato. Na área com a mata residual, a água subterrânea apresentou intensos acréscimos de ferro dissolvido, cor e turbidez e manganês. Portanto, a desarborização dos monocultivos não evita a contaminação da água subterrânea. É indispensável a retirada total dos resíduos da mata no solo. Os ilhéus precisam ser contemplados com ações de gestão pública, que lhes permitam o consumo de água potável e com a conscientização da inadequação da ilha para implantação de monocultivos de espécies exóticas.
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2020 |
Os ambientes hídricos com ocupações de margem têm alto potencial de contaminação por receberem efluentes líquidos. Isso precisa ser avaliado. A estratégia metodológica apresentada gera um diagnóstico indispensável na busca de soluções para possíveis contaminações detectadas. É uma ferramenta para gestores ambientais aperfeiçoarem a seleção dos ambientes que recebem mais efluentes e devem ser prioritários para investimentos em monitoramentos e fiscalizações. Para este diagnóstico, as margens avaliadas são percorridas de barco. Cada efluente visualizado é fotografado, caracterizado, georreferenciado, amostrado. Com um kit analítico, a amostra sofre uma reação química qualitativa que a torna azulada: quanto mais forte o azul formado, maior a contaminação. No laboratório é elaborado um mapa georreferenciado da margem, apresentando os locais de lançamento de efluentes. No mapa, cada local é identificado com o tom de azul representativo do seu nível de contaminação. Esta estratégia já foi aplicada nas margens da cidade do Rio Grande (± 200000 hab.), que fica na margem do estuário da Lagoa dos Patos (RS). As repercussões foram extremamente satisfatórias. Recomenda-se a disseminação desta estratégia para outras margens de ambientes hídricos do território nacional.
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2020 |
A Ilha dos Marinheiros, localizada no munícipio de Rio Grande(RS), possui cerca de 1.324 habitantes e 39,28km2 de área. De forma geral, a população da Ilha é composta por agricultores e pescadores, que vivem nas margens da única estrada que circunda a ilha (Figura. 1). A Ilha não possui fornecimento de água potável ou rede de coleta de esgotos, sendo os lençóis subterrâneos a principal fonte de água para a população. Alguns ilhéus relataram a presença de água amarelada (ferruginosa) nas caixas d’água de suas casas, onde fica armazenada a água subterrânea para consumo. Reclamaram que esta água manchava roupas durante as lavagens, enferrujava estruturas e alterava o sabor de alimentos que com ela tiveram contato. Isso evidenciou a necessidade da identificação dos níveis de ferro nestas águas, uma vez que o ferro é essencial à vida (oligonutriente), mas somente quando é ingerido em baixas concentrações. Se consumido em excesso, pode causar transtornos gástricos e problemas metabólicos.
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2019 |
Os sistemas portuários, em geral, estão localizados na interface entre ecossistemas terrestres e aquáticos. Isso resulta em que, naturalmente, os portos sejam zonas de riscos ambientais, devido às características dos produtos e dos seus procedimentos operacionais. Por isso, nas áreas de influências diretas e indiretas das atividades portuárias é importante a execução de monitoramentos e a geração de diagnósticos do estado da qualidade ambiental. Estas estratégias permitem que sejam identificados os limites de responsabilidades técnicas e jurídicas das autoridades portuárias com relação a possíveis contaminações detectadas em algum compartimento. Contemplando estes aspectos, o diagnóstico aqui apresentado foca o porto da cidade do Rio Grande (RS), principalmente as suas margens e águas. Apresenta uma metodologia inédita, sendo viabilizado pelo convênio firmado em 2014 entre o Porto do Rio Grande (SUPRG) e a Universidade Federal do Rio Grande (FURG)- contrato nº 668. Este Contrato apresentou as seguintes justificativas descritas na sua Cláusula Primeira: – a necessidade do Porto do Rio Grande de atender às recomendações ambientais feitas pelo IBAMA (2013), no parecer referente à renovação da sua Licença de Operação nº 03/1997 (PAR. 007077-COPAH/IBAMA); – a busca do porto pela adoção de uma ampla política de preservação das suas águas; – a proposta de usar este diagnóstico como uma etapa do seu Plano de Gestão Ambiental Integrada Portuária (PGAI). Os objetivos técnicos deste diagnóstico somam-se a estas justificativas, sendo eles: – identificar, mapear e caracterizar os locais de lançamentos de efluentes líquidos nas margens do Porto do Rio Grande; – identificar os efluentes contaminados, para que eles sejam posteriormente monitorados quantitativamente e, então, ser avaliado o nível de conformidade das concentrações de seus constituintes, com o recomendado pela legislação referente a lançamento de efluentes (Resolução nº 430, CONAMA/2011). Portanto, este diagnóstico é uma ferramenta para uma efetiva gestão e para a maior proteção das áreas do Porto do Rio Grande, pois identifica aquelas mais impactadas e as mais críticas com aglomeração de lançamento de efluentes contaminados. Vários estudos já foram realizados nos canais do Porto de Rio Grande, identificando desequilíbrios na qualidade da água de algumas áreas. Dentre estes são citados alguns, como o de Baumgarten e Niencheski (1998), que evidenciaram a contaminação em compostos nitrogenados e fosfatados, óleos e graxas nas águas da margem da área portuária ao norte de Rio Grande. Constataram resíduos de escamas nos sedimentos superficiais dessa área, atribuídos aos efluentes oriundos de indústrias pesqueiras. Barbosa et al. (2012) verificaram que, em regime de enchente nas águas do porto, com entrada de águas costeiras menos poluídas, as concentrações de metais originados pelos aportes antrópicos, decresceram devido à diluição. Marreto et al. (2017) verificaram que os desequilíbrios tróficos (excesso de nutrientes e de produtores primários) são maiores nas margens das áreas portuárias de menor hidrodinâmica, onde são lançados efluentes. Estes trabalhos foram baseados em dados analíticos obtidos no Programa.
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2018 |
Esta oficina didática foca avaliações massivas de qualidade de águas, com análises feitas in locu, que fornecem resultados imediatos de baixo custo. Destina-se a estudantes e profissionais de diferentes níveis atuantes no assunto. Se baseia no uso de 3 kits analíticos manuais e portáteis, que analisam, respectivamente, o ferro, os cloretos e o fósforo em águas. Cada kit contém os reagentes e os materiais para as análises propostas. O kit do ferro pode identificar a potabilidade de águas subterrâneas consumidas, em termos de serem ou não ferruginosas. O kit dos cloretos identifica os níveis de salinidade da amostra e o kit do fósforo identifica a contaminação das águas e efluentes em matéria orgânica e compostos fosfáticos. Durante a oficina serão oferecidas explanações teóricas e orientações sobre a montagem e o uso dos kits, os quais serão disponibilizados para os participantes analisarem amostras de águas de diferentes origens. As análises são baseadas na colorimetria visual, na qual a adição dos reagentes na amostra forma cor com uma intensidade proporcional à concentração de cada elemento analisado (alaranjada para o ferro, azul para o fósforo e turbidez branca para os cloretos). Após a reação, a amostra é comparada com uma cartela específica para cada kit, que relaciona um nível de concentração a cada uma das tonalidades. Esta oficina proporcionará aos participantes a alfabetização científica e o empoderamento deste conhecimento, o que poderá ser disseminado em comunidades acadêmicas (ou não), interessadas no assunto, visando à popularização da ciência, através de projetos de extensão universitária. |
2017 |
A Ilha dos Marinheiros, pertence ao município de Rio Grande e tem cerca de 1.400 habitantes. Não tem suprimento de água potável ou rede de coleta de esgotos. O curso “Vamos conversar sobre a água da Ilha?” foi oferecido nas 4 escolas de nível fundamental da ilha. Está inserido em 2 projetos de extensão universitária desenvolvidos casa a casa na ilha e, buscou atingir também a comunidade estudantil. Ele teve 12 horas de atividades teóricas e práticas, divididas em 4 intervenções. Participaram do curso 150 alunos do 2˚ ao 8˚ ano, que receberam material didático e realizaram análises químicas simples da água consumida em suas casas. Este artigo descreve as ações aplicadas no curso, com a pretensão de que as mesmas motivem outras equipes a reproduzi-las, parcial ou integralmente, em comunidades escolares que enfrentam problemas com a qualidade da água. |
2015
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A parte sul do estuário da Lagoa dos Patos apresenta intensa atividade portuária e industrial, sendo que estas propiciaram nas últimas décadas alterações significativas na paisagem e na degradação dos recursos hídricos, incluindo a contaminação por nutrientes dissolvidos e por metais traço. Este estudo visa compilar uma revisão dos impactos resultantes do desenvolvimento da ocupação urbana, industrial e naval da cidade do Rio Grande ao longo dos anos, procurando relacioná-los com os principais resultados de indicadores da contaminação do ambiente estuarino nos compartimentos água, sedimento, solo e atmosfera da região. Os dados bibliográficos indicaram um acréscimo do lançamento de efluentes domésticos ao redor da cidade nos anos de 1980, principalmente em área mais abrigadas do estuário como o Saco da Mangueira, o que vem promovendo desequilíbrios tróficos (hipertrofia das águas de margem) e frequente florações de cianobactérias, devido ao aporte de nutrientes. Os teores de metais traço na água de áreas de canal no estuário se encontram dentro dos limites estabelecidos pela legislação vigente. Entretanto, o sedimento demonstrou altas concentrações de alguns metais traço (por ex. cobre, chumbo, níquel, vanádio e zinco), o metaloide As e o Hg, acima do estabelecido pela legislação, principalmente em vários locais ao redor da área urbana, industrial e portuária da cidade. A fração lábil (ou potencialmente biodisponível) de metais traço em água e sedimento indicaram contribuições significativas em áreas abrigadas como marinas e excederam em áreas de estaleiros. Metais traço nos solos e os aterros da cidade mostraram contribuições antropogênicas, com destaque para o mercúrio. Anomalias nos teores de chumbo no material particulado atmosférico e chuva ácida foram também reportados. Urge uma política ambiental mais severa e com efetiva fiscalização, proibindo fluentes clandestinos, exigindo tratamento básico dos efluentes pelas indústrias e controle das emissões atmosféricas, que vise a manutenção da qualidade ambiental e saúde pública da população que vive na área estuarina. O poder público do município de Rio Grande deve implementar de forma apropriada e prática o existente programa de gestão integrada para o estuário, envolvendo as partes interessadas e governantes locais.
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2015 |
A Ilha dos Marinheiros (1400 hab.) pertence à cidade do Rio Grande (RS). Nela, não há suprimento de água potável, sendo consumida a água subterrânea. Em 2013, foi aí desenvolvido o projeto de extensão “A água do seu poço é ferruginosa? O conhecimento acadêmico a serviço da comunidade”. Foram analisados os níveis de ferro na água consumida em cada uma das 309 casas habitadas, usando-‐se um kit analítico. Foi constatado que em 41,75% das casas há consumo de água ferruginosa (ferro>0,3mg/L). Em cada casa, foi entregue um laudo do resultado com informações sobre tratamentos caseiros de remoção do ferro da água. A partir da conscientização dos ilhéus, eles agiram na busca de consumirem água de melhor qualidade. |
2014 |
Os recursos hídricos subterrâneos configuram uma importante alternativa de abastecimento. Porém, as condições físico-químicas no ambiente subterrâneo favorecem a dissolução de alguns compostos, entre eles o ferro. Esse elemento, quando presente em excesso na água para consumo residencial, pode acarretar problemas de qualidade de vida e de saúde. Nesse contexto, o presente trabalho apresenta um método para a elaboração e manuseio de um kit analítico simplificado, otimizado para a determinação qualitativa do ferro dissolvido na água. Esse instrumento é fundamentado na colorimetria visual, na qual a adição de reagentes confere cor à amostra, permitindo sua comparação com uma cartela de cores contendo níveis de contaminação associados aos diferentes tons da cor laranja. A utilização desta ferramenta pode facilitar a elaboração de diagnósticos da qualidade da água, através da avaliação massiva da água subterrânea consumida em comunidades desprovidas de água potável canalizada. Este kit analítico foi aplicado como ferramenta de diagnóstico em uma área sem suprimento de água potável em Rio Grande - RS. Das 309 residências avaliadas, em média 47±23 % são abastecidas por água ferruginosa. Esses resultados possibilitaram a conscientização e mobilização dos moradores da área, bem como a atuação dos órgãos públicos na elaboração de estratégias para a melhoria na qualidade da água consumida pela população. |
2012 |
O presente trabalho apresenta os resultados e conclusões das otimizações realizadas nos procedimentos do método colorimétrico da ortofenantrolina, originalmente descrito para análises em águas continentais e aqui otimizado para análises em águas subterrâneas. Nesse método adaptado, o volume dos reagentes foi aumentado e foram adotados novos procedimentos para amostragem e manipulação dessas amostras quimicamente instáveis. As modificações apresentadas permitiram determinar com maior confiabilidade as concentrações de ferro, em suas diferentes formas, naquelas amostras muito iônicas e de difícil tamponamento, características distintas das águas superficiais. |
2010 |
A enseada Saco da Mangueira situa-se ao sul da cidade do Rio Grande, ao sul do estuário da Lagoa dos Patos, RS. É viveiro e local de pesca de várias espécies de interesse comercial. Apesar de ter sido enquadrada pela FEPAM, em 1995, como Classe B, cujas águas salobras somente podem receber efluentes não prejudiciais à sua qualidade, nessa enseada são lançados efluentes industriais e domésticos ricos em matéria orgânica. Esta revisão bibliográfica visa comprovar a eutrofização do Saco da Mangueira, a partir da reunião de resultados pinçados de outros artigos, que, individualmente, constataram alterações na qualidade dessas águas. Foi evidenciado que a eutrofização é intensa nas margens da enseada, tanto junto ao Distrito Industrial, onde há elevado acréscimo de compostos fosfatados e nitrogenados, a partir de emissões de indústrias de fertilizantes e de processamento de grãos vegetais, quanto na margem oposta, junto a Rio Grande, devido a emissões clandestinas de efluentes domésticos e de indústrias de processamento de pescados. Como a eutrofização altera a biodiversidade natural e a qualidade da biomassa dos organismos que sustentam a pesca artesanal na enseada, urge uma política ambiental severa que vise à manutenção da qualidade ambiental dessa enseada. |
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Este e-book descreve com uma linguagem simplificada e popular, o significado de cada constituinte (parâmetro) químico, físico ou microbiológico da água de um ambiente ou de efluentes. Aborda na descrição destes parâmetros, as consequências das alterações em suas concentrações normais, principalmente com relação àqueles parâmetros mencionados nas legislações ambientais. |
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O trabalho evidencia a prática de um “Laboratório Itinerante”, que é um projeto permanente que foca a avaliação qualitativa das águas e efluentes. Se baseia no uso de 3 kits analíticos manuais, que analisam, respectivamente, os níveis de ferro, de cloretos e de fósforo. As análises feitas in locu fornecem resultados imediatos de baixo custo. Destinam-se a estudantes e a profissionais atuantes no assunto, bem como a comunidade em geral. Cada kit contém os reagentes, as instruções e os materiais para as análises propostas. O kit do ferro (Fe) dissolvido identifica a potabilidade de águas subterrâneas consumidas, em termos de serem ou não ferruginosas. O kit dos cloretos (Cℓ-) identifica os níveis de salinidade da amostra e o kit do fósforo (P) dissolvido identifica a contaminação das águas e efluentes em matéria orgânica e compostos fosfáticos. As análises são baseadas na colorimetria visual, na qual a adição dos reagentes na amostra forma uma cor com uma intensidade proporcional à concentração de cada elemento analisado (alaranjada para o ferro, azul para o fósforo e turbidez branca para os cloretos). Após a reação, a amostra reagida é comparada com uma cartela específica para cada kit, contendo uma tabela de tons gradativos da cor em questão. Cada tom está associado a um nível de concentração. Esta atividade proporciona aos participantes a alfabetização científica e o empoderamento de sujeitos por meio deste conhecimento, na busca dos seus direitos e possíveis reivindicações junto a setores da sociedade, além da popularização da ciência por meio da extensão universitária. Acesse aqui! (Artigo 23, página 197 - 202) |
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Desde 1987 que a equipe de professores que atua na FURG em disciplinas relacionadas à Oceanografia Química e à Química Analítica Ambiental ou outras afins, já perceberam a necessidade de publicar um material didático que reunisse os roteiros das técnicas usadas durante as aulas práticas das referidas disciplinas. Nesse sentido, ainda em 1987 Baptista e colaboradores publicaram pela Editora da FURG, o livro “Caderno de Análises em Oceanografia Química” e após, também em 1987, Baptista publicou o livro “Caderno de Química Analítica Quantitativa: Teoria e Prática”, cujas edições atualmente estão esgotadas. Em 1996, Baumgarten e colaboradores publicaram o livro “Manual de Análises em Oceanografia Química”, também pela Editora da FURG, contendo informações mais detalhadas do que aquelas dos livros acima referidos. Esse documento contém alguns dos principais procedimentos analíticos desenvolvidos rotineiramente no Laboratório de Hidroquímica da FURG. Atualmente, a edição desse livro também está praticamente esgotada. Em 2006, com esse mesmo conteúdo de metodologias analíticas, mas complementado com novas informações, Niencheski e colaboradores publicaram o sub-capítulo “Hidroquímica”, dentro do capítulo “Caracterização Ambiental: Hidroquímica e Sedimentologia, do livro “Avaliação Ambiental de Estuários Brasileiros: Aspectos Metodológicos” (Lana et al., 2006). Esse livro foi viabilizado através do Programa Instituto do Milênio (MCT/PADCT/CNPq), pelo projeto “Uso e Apropriação de recursos Costeiros – RECOS”, cuja edição foi restrita às equipes e laboratórios pertencentes ao Programa e, portanto, somente sendo disponibilizada aos alunos através de consultas em bibliotecas universitárias especializadas. Portanto, atualmente se manifestou a necessidade de uma nova publicação acadêmica desses conteúdos, de forma a que os alunos que se envolvam com a química analítica ambiental, possam ter fácil acesso aos conteúdos metodológicos abordados. Isso motivou a elaboração da presente publicação, com característica de uma segunda edição do livro publicado em 1996 por Baumgarten e colaboradores, mas agora contendo as metodologias recentemente atualizadas, complementadas e referentes a um maior número de parâmetros analíticos. Este manual reeditado pretende facilitar o aprendizado prático das técnicas analíticas usadas em aulas práticas, mas não dispensa a leitura da bibliografia teórica e prática, recomendada pelos professores das disciplinas relacionadas com a química analítica ambiental. Disponível para venda, pela EDGRAF - FURG - Fone/FAX: (53) 32935307 e e-mail: editora@furg.br. Preço de custo R$ 15,00. |
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Este livro descreve com uma linguagem simplificada e popular, o significado de cada constituinte químico e físico da água de um ambiente e as conseqüências das alterações em suas concentrações normais, principalmente com relação àqueles mencionados nas legislações ambiental. Assim, foram aglutinadas as informações dispersas na bibliografia consultada. Isso visou que as equipes técnicas de instituições atuantes em questões ambientais, governamentais ou não, possam ter facilitadas as suas interpretações sobre os perigos que a contaminação por cada um dos parâmetros considerados representa para o ecossistema como um todo. É pretendido o fornecimento de um apoio bibliográfico para professores e alunos de diferentes níveis escolares, em pesquisas relacionadas com a química ambiental e com a qualidade e a poluição das águas. Este livro visa facilitar para os profissionais responsáveis por projetos ligados à avaliações da qualidade ambiental, a seleção de parâmetros mais adequados a serem analisados para o atendimento dos objetivos pretendidos. Considerando-se, ainda, o fato de que os documentos que contém publicada as legislações ambientais têm um acesso e uma distribuição relativamente restritos, fica facilitada a consulta às mesmas. Para tanto, as legislações foram reproduzidas fiel, integral e literalmente sob forma de anexos. Estas legislações contemplam os aspectos básicos dos enquadramentos, e da qualidade prevista legalmente para os ambientes aquáticos brasileiros, além dos critérios para o lançamento de efluentes. Além disso, é apresentado o texto da deliberação final da Fundação Estadual de Proteção Ambiental (FEPAM) de 1995, quando particularmente cada ambiente aquático da parte sul do estuário da Lagoa dos Patos (sul do Rio Grande do Sul) foi classificado segundo as classes originalmente descritas nas acima referidas Resoluções. Na classificação deste estuário, no documento do processo do enquadramento, cada uma dessas classes foi reformulada, assim como os seus limites aceitáveis e/ou recomendáveis de concentrações na água de cada parâmetro químico e físico. Para essa reformulação, foram consideradas as características e particularidades mais importantes de cada ambiente aquático enquadrado, visando melhor atender as necessidades da comunidade e melhor assegurar os usos preponderantes do ambiente em questão.
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A população mundial encontra-se localizada preferencialmente nas áreas costeiras. Com o crescimento desordenado nestas áreas, a quantidade e a diversidade das substâncias descartadas no ambiente marinho, junto aos grandes centros urbanos, têm excedido a capacidade natural de diluição, dispersão e depuração destes poluentes, levando a degradação ambiental das áreas costeiras a todos os oceanos. Esta é uma obra pioneira editada em língua portuguesa, cujas temáticas são frutos da experiência de um grande grupo de pesquisadores atuantes, voltados para o ensino de graduação e pós-graduação neste ramo da Oceanografia. O livro apresenta os principais problemas relacionados à poluição marinha utilizando-se de problemas internacionais e brasileiros. Disponível para venda, pela Editora InterciênciaLink: https://www.editorainterciencia.com.br/index.asp?pg=prodDetalhado.asp&idprod=194&token= |
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Este livro é um convite a discussão de questões, tais como: de que forma podemos contribuir em nossos espaços para promover uma relação do conhecimento científico-tecnológico que sirva aos interesses e às necessidades de nossa sociedade? Que sociedade buscamos construir? O que podemos fazer para superar a tendência na educação científica centrada no conteúdo disciplinar, muitas vezes suportados por um conjunto de elementos reforçadores de aprendizagens mecânicas, acríticas e descontextualizadas? Que sujeito pretendemos formar? O cenário está posto para um debate e eis a razão do nosso compromisso e da nossa aposta em um grupo de pesquisa/formação para construir e reconstruir conhecimentos a fim de contribuir com a implementação de temáticas em um enfoque Ciência, Tecnologia e Sociedade (CTS) em sala de aula de formação de professor no Ensino de Ciências. |